segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

TERRA DA GAROA HOMENAGEIA OS 460 ANOS DE SAMPA

TERRA DA GAROA,   a  mais nova  e espetacular casa   de shows   de São Paulo, homenageia a cidade em seu  aniversário   de 460 anos, com o Musical  “ Samba Sampa” e  o show dos “ Demônios da Garoa”.



 Em outubro passado, São Paulo ganhou uma casa de shows grandiloquente como a própria cidade, é a
 " TERRA DA GAROA", que fica no centro velho, logo ali na avenida São João, próximo ao cruzamento mais famoso do Brasil, a avenida Ipiranga com a São João; cantinho da cidade imortalizado na linda composição e música de Caetano Veloso “Sampa”.


E que lugar consideravelmente mais paulistano para receber esta magnífica e esplendorosa casa, ícone de bom gosto e requinte, e que já é um marco na cidade.

Aquela região da cidade por si só, já traz um “ar” de saudade dos tempos áureos, quando pessoas elegantes desfilavam pela Ipiranga, São João e arredores, em busca de programas culturais como ir aos cinemas, ao teatro Municipal, a Biblioteca Municipal.

As pessoas elegantes de “” hoje”” estão a desfilar por ali, agora em busca desta casa que não é um resgate, mas uma releitura aprimorada e elegante do glamour e de tudo que aquela região foi no passado, e que não foi esquecido, e que agora nos remete a esses deliciosos e saudosos ares.

E para homenagear esta São Paulo em seus 460 anos,  TERRA DA GAROA, ofereceu dois shows incríveis; o Musical  SAMBA SAMPA, e o show dos DEMÔNIOS DA GAROA.


O Musical  SAMBA SAMPA, é surpreendentemente lindo, o espetáculo é conduzido magistralmente por THOBIAS da Vai Vai, contando ainda com o talento de José Rubens Chachá e Elizeth Rosa, a concepção e brilhante direção é de Ulysses Cruz.


Do início ao fim o musical  é contagiante, impecável, músicas maravilhosas, coreografia perfeita, enredo muito bem “” costurado””, lindo desenho de luz, perfeito trabalho do corpo de bailarinos ; coreografia, figurino e ambientação perfeitos, músicos afinados, extremamente bem ensaiados, enfim um grande e verdadeiro espetáculo na concepção da palavra.




E o que muito impressiona é saber e constatar que se trata de um musical  brasileiro com temática brasileira, e que fora minuciosamente concebido com toda a elegância necessária para enaltecer o tema, já que existe uma pré- disposição para se desprezar temas nacionais, o que não é o caso aqui, pois pode se dizer com todas as letras e notas que “SAMBA SAMPA é um grande espetáculo, memorável, suntuoso e imperdível.


Na livre concepção artística do espetáculo, Thobias da Vai Vai, lendária personalidade do carnaval paulistano, tem um insólito encontro com Oswald de Andrade,( idealizador do movimento antropofágico) interpretado por José Rubens chachá.

O Modernismo antropofágico de Oswald de Andrade e a Semana de Arte de 22 , são o pano de fundo neste mergulho cultural e atemporal na São Paulo dos anos 20 e 30 com todo seu charme, musicalidade, e sonhos. A antropofagia de Oswald buscava uma identidade própria para a arte e cultura brasileira, sem negar , mas sem imitar a cultura estrangeira,” devorando” deglutindo ( daí o conceito metafórico de antropofágia “) tudo e recriando com identidade própria.


E nos parece que sob as bênçãos de Oswald “ SAMBA SAMPA”, conseguiu atingir esta incrível proposta antropofágica , pois criou um espetáculo primoroso, luxuoso, e internacional, utilizando-se de todo o conhecimento técnico e artístico mundial, mas com mise-en-scène e tempero tipicamente brasileiros, que dá aquele charme especial que só nossa gente tem , e que é elogiado mundialmente e reconhecido como uma caraterística positiva e marcante nossa, do nosso bem receber e do nosso bem querer.


SAMBA SAMPA é um musical brasileiro, com categoria  internacional, mas não é só pra inglês ou estrangeiros em geral verem, é para nós mesmos brasileiros vermos, pois este esmerado musical,  nos retrata com a maturidade e dignidade que nos é devida: retratou nossa força de viver, através da nossa alegria, nossa beleza, nossa musicalidade, com respeito, com dignidade, enaltecendo respeitosamente aquilo que temos de bom e de melhor, inclusive nossa sensualidade natural, e não puramente nossa sexualidade, como erroneamente se divulga às vezes.

Cozete Gomes participa da brincadeira com o público 


Este eloquente espetáculo, através da música, da dança, e da encenação, nos retrata com tal grandiosidade, que resgata em nós o orgulho de sermos brasileiros, e termos tantas coisas bonitas as quais devemos nos orgulhar sempre!.

Para iniciar a atmosfera de magia, o espetáculo, é precedido por um requintado jantar, assinado pelo chef André Boccato que pesquisou, e criou um menu idêntico ao oferecido, naturalmente com algumas adaptações, pela Família Prado aos modernistas de 22 entre eles; Oswald de Andrade, Anita malfati, Mario de Andrade, Tarsila do Amaral entre outros.

A noite de homenagem especial ao aniversário de 460 anos de São Paulo, teve ainda, e não podia ser diferente, o show dos DEMÔNIOS DA GAROA, grupo que com 70 anos de carreira figura no Guines Book, como o grupo musical mais antigo em atividade no mundo.


Entre musicas inesquecíveis como “saudosa Maloca”, “ trem das onze”, “ Samba do Arnesto”, entre outras os músicos que estavam homenageando a cidade em apresentações desde a 7h00 da manhã, não perderam o ritmo, devido ao cansaço, e contaram piadas deliciosas, brincaram com o público, e surpreenderam ainda mais ao cantarem as inesquecíveis marchinhas de carnaval, que encantam gerações, convidando à todos para dançarem alegremente, encerrando assim esta noite elegante e divertida no Terra da Garoa, uma casa que veio para ficar e fazer história, muita história.

 vejam mais algumas fotos;

                                             Cozete Gomes , não resiste as Marchinhas  de carnaval

                                        Cibele Bueno,  Cozete Gomes  e Miriam Petrone

                                        Cibele Bueno, Wanderlei Celestino e Cozete Gomes

                                           Miriam Petrone, Claudio e Rebeca Petrone,  e amigos                              

                                   

                                                    Gilberto Dimenstein e Tobias