A trajetória do Festival de Cinema Italiano no Brasil promovido
pela Câmara de Comércio Ítalo-Brasileira é longa e efervescente aqui em São
Paulo. Chegamos à décima edição assim como o deus Janus: com uma face virada
para o passado e a outra para o futuro, uma olha para a década de trabalho
feito e a outra mira o futuro, com os olhos atados ao horizonte do cinema contemporâneo,
tanto o italiano como o brasileiro. Já em 2005 a Câmara Italiana havia bem intuído que a sétima arte
possui força e vigor de forma única, pois une duas questões fundamentais na
vida de qualquer ser humano: o sonho e a realidade. Não por acaso o nascimento
do cinema e da psicanálise são tão próximos, enquanto em Paris, em 1895,
projetava-se o primeiro filme dos irmãos Lumière, em Viena, Freud, fazia a
primeira interpretação de um sonho.
Há, neste Festival, a junção perfeita entre história e
contemporaneidade do cinema. Este movimento duplo é constituído pela
co-existência da retrospectiva histórica e da projeção de filmes atuais, estes,
chegam pela primeira vez para o público brasileiro. Resgatamos assim a memória
do cinema italiano, uma semana antes da abertura, e depois mergulhamos nas
produções contemporâneas.
Para sermos realmente contemporâneos, para viver o presente e
avançar em direção ao futuro, é preciso conhecer o passado. Segundo o filósofo
italiano Giorgio Agamben para ser contemporâneo é necessário manter um olhar
fixo no próprio tempo, não para perceber as luzes, mas as sombras. Qual
metáfora se encaixa melhor do que o cinema para pensarmos o presente? Mergulhar
no escuro das salas de projeção, rever o passado e observar o presente.
O Festival deu ao cinema contemporâneo italiano, pela primeira
vez, um espaço todo seu em São Paulo, a cidade que é uma metrópole de cinéfilos
e hospeda uma importante mostra internacional.
HOMENAGEADO: Mario Monicelli atravessou como protagonista todos os períodos do cinema: do mudo ao digital, passando pelo sonoro, à cores, o cinemascópio, o dolby surround… Em tantos anos de carreira os instrumentos de trabalho mudaram, mas Monicelli permaneceu coerente ao seu modo de trabalhar como um grande artesão do cinema. Para termos dimensão da grandiosidade, em números foram 63 filmes como diretor e 87 como roteirista! É considerado por muitos críticos como o diretor que melhor interpretou o estilo e os conteúdos do gênero da Commedia all’italiana. A sua curiosidade o levou durante a sua longuíssima carreira a sair em alguns momentos dos âmbitos da comédia, com memoráveis incursões no dramático e no cinema político. O sorriso amargo que sempre acompanha as suas tramas e a ironia com a qual amava tracejar as histórias de simpáticos perdedores caracterizaram suas obras desde o início. Com um estilo narrativo simples, mas eficaz e funcional, livre de virtuosismos e concentrando seu esforço no desenvolvimento do filme Monicelli imprimiu sua marca na história da filmografia italiana. Vamos apreciar, então, alguns trechos dos filmes que vocês poderão assistir durante a mostra!
FOTOS DO EVENTO DE ABERTURA PARA CONVIDADOS NO AUDITÓRIO IBIRAPUERA -SÃO PAULO ( reproduzidas do facebook).
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Consul Geral da Itália em São Paulo: Michele Pala |
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Edoardo Pollasatri - Pres da Cam. de Comérico Brasil Itália |
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Maurício Scarpa - Pres. da Barilla. |
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Ovadia Saadia e amigos |
NOTÍCIAS:
A colunista Mônica Bergamo escreveu no site da Folha de S.Paulo sobre o nosso Festival!!
"À
MODA ITALIANA
A atriz italiana Valeria Solarino e a psicanalista Eleonora Rosset participaram da abertura do 11º Festival de Cinema Italiano, no Auditório Ibirapuera, na terça (24). Nico Rossini, diretor do evento, recebeu também convidados como o decorador Wilson Dimitrov, o empresário Maurizio Scarpa e o cônsul-geral da Itália em São Paulo, Michele Pala."
A atriz italiana Valeria Solarino e a psicanalista Eleonora Rosset participaram da abertura do 11º Festival de Cinema Italiano, no Auditório Ibirapuera, na terça (24). Nico Rossini, diretor do evento, recebeu também convidados como o decorador Wilson Dimitrov, o empresário Maurizio Scarpa e o cônsul-geral da Itália em São Paulo, Michele Pala."
"O cinema italiano tem de tudo um pouco, mas eu acho que ele tem essa grande atração que é de mexer com emoção, com humor, com carinho."
Essa é uma parte da entrevista incrível que fizemos com Silvia Poppovic!
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