sábado, 24 de novembro de 2012

PISANDO UVAS

ENOTOUR PELA EUROPA, UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA !
                                                                                        por Wanderlei Celestino


VISTA DO DOURO

        
Viajar pela Europa, degustando vinhos finos  ao lado de uma expert, é um luxo possível  para alguns,  e um sonho para outros !
E para coroar esta experiencia única, nossa especialista é  brasileira.

Apaixonada pela vida, pela beleza e por vinhos...

                                                                                              ...além de saber tudo do assunto. 
                                                                                            
Maria Amélia Duarte Flores
                                             
 E assim, Maria Amélia Duarte Flores,  Enóloga internacionalmente renomada, esteve por 47 dias ciceroneando  alguns felizes convivas   da Confraria do Champanhe por várias regiões produtoras na Europa, em uma  bucólica  viagem cujas experiências   foram  quase indescritíveis de tão enriquecedoras.
                                                                                                                                .
Foram três grupos, sendo dois por Portugal e um pela belíssima França.   O “enotour” foi realizado com a Confraria do Champanhe da Serra Gaúcha!

Um grupo de vinte associadas, visitaram as principais regiões de Portugal, que segundo descreve a própria Maria Amélia, foi “ uma viagem repleta de experiências! Desde incríveis vistas do Douro da Quinta das Carvalhas, modernismo da Ramos Pinto, pisar uvas no lagar com Anselmo Mendes, jantar com Filipa Pato, encontro com João Portugal Ramos, Esporão, visitas vip com o grupo Dão Sul e Bacalhoa, leitão da Bairrada com Cave Messias e emoções na Ilha da Madeira”, e toda essa “ aventura enogastronômica, foi registrada no blog da enóloga. (link abaixo)

Conferindo o blog, é possivel  vislumbrar um pouco dessa encantadora viagem enogastronômica pelas incomparáveis vindimas européias e seus encantos.


pisando uvas
"Uma mistura de diversão e alegria, cantamos músicas brasileiras, da imigração italiana, confraternizamos. A sensação dos bagos entre os dedos é sensacional , eu recomendo" –  estas são palavras de Maria Amélia em seu blog, que demonstram um pouco da alegria de vivenciar tal experiência,  descrevendo o 4º dia em Portugal.

Selecionamos a imagem acima, pois o pisar das uvas faz parte do imaginário das pessoas do mundo todo, que conhece esse ritual dos filmes de cinema, quem nunca se imaginou pisando  uvas para preparar seu próprio vinho ?

Com a modernidade dos dias de hoje a “ pisada”, já foi descartada por vários produtores no mundo, que utilizam-se de equipamentos sofisticados para o preparo do vinho, praticamente sem o contato manual...ou dos pés !!!

Maria Amélia é formada em Enologia e Comunicação e Mkt Turístico.

Mais de 2.000 mil pessoas já participaram de seus concorridos cursos.
Ela promove jantares harmonizados, e viagens enogastrônomicas às  melhores regiões produtoras do mundo como: Bordeaux, Itália, Portugal e Espanha, e também Mercosul, foi laureada como Embaixadora do Vinho Espanhol pela Academia do Vinho da Espanha.

Além de promover  eventos  nacionais e tours  internacionais,  Maria Amélia está muito atenta ao tema  aqui mesmo  no Brasil,  tanto que recentemente conclui uma  extensa pequisa  e lançou  o livro " Diagnóstico do Enoturismo Brasileiro", um importante estudo sobre as regiões produtoras do país, suas características peculiares, " terroir", que dá aos vinhos suas personalidades, além de  contar também um pouco da história das famílias produtoras, dos locais visitados ... é quase uma degustação!!! e imperdível para quem se interessa e quer conhecer mais sobre o assunto.
                                                                     Capa do Livro


Esta é uma foto  emblemática que dá um "flash" do que será encontrado no livro.
 A foto  é de autoria da   própria Maria Amélia,  foi feita  em Lagoa Grande - Pe,  e  está no  livro,   o qual  nos foi presenteado um exemplar, Em Bento Gonçalves-RS, durante o II Congresso de Enoturismo de Bento Gonçalves( matéria completa neste blog),   oportunidade  esta em que   ela  nos relatou a   singularidade,  a riqueza, e a harmonia  desta imagem:  uma cabra,  simbolo típico do serrado antigo e suas dificuldades, a irrigação algo fundamental para a sobrevivência da região,  as mangas, fruta típica da região, e ao fundo as videiras, uma nova cultura, em todos os sentidos,  que tem dado certo e produzido vinhos de qualidade,  agregando novos  valores à região como um todo, sejam culturais e sociais.
Só mesmo uma pessoa com muito conhecimento e afeição àquilo que faz,  poderia ter a sensibilidade de  perceber  e captar uma imagem tão emblemática e poética,   que de alguma forma   consegue resumir  e documentar em  apenas um clique a   " trajetória" histórica desta  região,  como se o passado,  presente e  o futuro estivessem  ali, juntos, em harmonia e consonância perfeita,  equilibrados e integrados.
 
fonte: VINHO E ARTE : http://vinhoearte.blogspot.com.br/2012/10/4-dia-anselmo-mendes-confraria-do.html 

fotos fonte Vinho e Arte ( Reprodução Proibida sem autorização dos autores).

terça-feira, 13 de novembro de 2012

HUDSON CADORINI - DE VOLTA AS ORIGENS

Exclusivo: Hudson Cadorini fala sobre a nova fase na carreira, e sobre notas na imprensa de que Roberto Carlos o convidaria para o especial de final de ano na Globo.
(  Por Wanderlei Celestino)



O cantor, Hudson Cadorini, que está retomando a carreira, e já está em fase final de produção do novo Show “ De volta as Origens”, onde gravará seu DVD, abre, pela primeira vez, as portas de sua casa, para uma sessão de fotos e entrevista.














No último dia 16 de outubro de 2010, chegamos à casa do cantor por volta das 14:00 horas, e para surpresa de todos, ele próprio recepcionou a equipe de imprensa e os cantores do grupo Rhass, que participará da gravação de seu novo DVD, que será gravado no Circo STANKOWICH, dia 10 de novembro, às 21:00 hs, em São Paulo, na Radial Leste, próximo ao Metro Tatuapé.
Depois de conversar como o grupo Rhass, ele e Larissa Lopes, sua esposa, convidou a todos para conhecerem sua chácara, que fica numa cidade do interior de São Paulo.

Hudson escolheu um local bucólico para morar; em sua propriedade existe uma mata preservada, onde vivem esquilos, e de onde se ouve o canto dos pássaros, e também há um lago onde o cantor relaxa, e pesca com amigos, eles tem vários cachorros, “ amo a natureza, ela é fonte inspiradora”, afirma ele.

Sobre a nova fase na carreira, se diz muito entusiasmado, e tem traduzido esse sentimento em muito trabalho, pois além dos ensaios, Hudson tem participado pessoalmente de todas as fases da produção do DVD, pois ele também é produtor, e gosta de cuidar dos detalhes, para que tudo fique perfeito e agrade ao público, é o que ele mais quer, relata.
Quem vai à casa do músico, tem a impressão de que é da família, é assim que ele e Larissa, recebem as visitas, com uma simplicidade e simpatia que chega a impressionar, traduzindo assim, a arte do bem receber.
Hudson se mostrou uma pessoa divertida, que conta piadas, ri bastante, dá atenção à todos, conta “causos” e curiosidades, enfim, recebe à todos com naturalidade, e com a simplicidade de uma pessoa amiga.

Sobre o casamento de Hudson e Larissa, ela nos conta que: se conheceram quando ela tinha apenas 4 anos, Hudson trabalhava na loja de discos do avô dela.

Durante vários anos ficaram sem contato, pois Larissa fazia a faculdade de Moda em São Paulo, e Hudson tocava sua carreira, até que se encontraram novamente e depois de seis meses de namoro, casaram-se, na época ela com 19 anos, e ele com 34 anos.

Após o casamento, Larissa , até por força de sua formação, pode ajudar Hudson na questão visual, e passou a ser sua produtora de moda, acompanhando-o à vários de seus shows, não por ciúmes, garante ela, “... Mas pela vontade de ficar sempre junto do meu marido”, afirma.

Sobre filhos Larissa diz que primeiro quer desenvolver sua carreira, fazer pós-graduação, mas que ambos querem ter uma grande família, “...Que virá na hora certa, com muito planejamento, porque colocar filhos no mundo, e criá-los de forma decente, não é tão fácil assim, como as pessoas pensam”, e continua “ Quero muito ser mãe, mas sinto que ainda não estou preparada para receber esse presente de Deus”- conclui.
Durante todo o tempo em que permanecemos na propriedade, pudemos perceber que o casal se dá muito bem, são muito divertidos, brincam o tempo todo, com um astral altíssimo, trocam piadas, “e até sarrinhos”, mas fica muito claro: o companheirismo, o respeito e o carinho de um pelo outro.
Próximo ao final da tarde, voltamos a passear pela área externa da propriedade, momento do início do ensaio fotográfico com o casal, e logo após foram realizadas fotos no interior da casa, inclusive com a exclusividade de fotografar no quarto do casal, local onde já criaram várias músicas juntos.




Hudson e Larissa, ficaram tão à vontade para a sessão de fotos, e interagiram com tanta leveza, que em alguns momentos, esqueciam que estavam sendo fotografados, e nossa objetiva pode captar momentos verdadeiros de carinho entre o casal, e que se traduziram em inéditas e belas fotos.


- Entrevista com Hudson Cadorini.


1- Tem saído na mídia, que você abandonaria o estilo sertanejo para tocar rock’n’roll, até onde isso é verdade ?

Hudson : - Bom, isso ai, esse lance de que eu saí do sertanejo, costumo dizer que nunca saiu da minha boca. Na verdade, acho que isso se deu pelo fato de eu ser guitarrista, de gostar de tocar algumas coisas diferentes, e por isso, as pessoas conotaram dessa forma, mas foi um erro, um engano, porque na verdade nunca deixei de ser eu mesmo, independente de ser sertanejo e de tocar Rock.
Eu sempre procurei colocar minha marca e agregar meu estilo na dupla. Mas o importante mesmo, é que nunca abandonei meu estilo, nunca abandonei o sertanejo, assim como nunca vou deixar de tocar minha guitarra. Se as pessoas gostam de mim pelas coisas que faço, é isso que quero continuar fazendo.

2 – O que o público pode esperar do seu novo trabalho?


Hudson: - Em primeiro lugar, será um trabalho feito com muito amor e carinho, voltado para o mesmo público que eu tinha antes, ou seja: o público sertanejo e o público mais pop também... e será um trabalho romântico, com músicas “pra cima”, feito com a dedicação e amor de sempre, e que o público sempre gostou.

3- Por quê você escolheu gravar seu DVD no Circo?

Hudson: - Pelo fato de eu ter nascido no circo, e neste ano, o circo Stankowich está comemorando 170 anos, então tive essa idéia. Há tempos penso em fazer um DVD diferente.
Tive essa idéia, porque sinto que o brasileiro sempre gostou de circo, lá sempre foi um ambiente familiar, onde crianças e adultos se divertiram, e então pensei que assim, poderia unir o útil, o agradável, e o divertido, numa noite, que pretendo, seja inesquecível para todos.

4 – Foi você que introduziu a guitarra no sertanejo, e hoje existem vários músicos que seguem seu estilo. O que você pensa disso?

Hudson: - Penso que isso é bacana, se de certa forma as pessoas seguem seu modelo, seu estilo, é porque seu trabalho foi bem feito, e as pessoas querem chegar aonde você chegou, não só na questão de fama, mas querem ser lembrados por terem realizado um trabalho com um diferencial. Penso que teve uma época em que o sertanejo ficou um pouco estagnado, e o que eu fiz foi trazer um diferencial, para um estilo musical tão apreciado pelo povo Brasileiro, e fico feliz por ter dado tão certo.

No começo quando a dupla ia tocar, acontecia algo engraçado: o público de rock ficava desconfiado que éramos sertanejos e vice versa, mas depois, esse “” preconceito””, entre aspas, que a gente sentiu, se transformou em algo muito positivo, pois percebemos que os ambos os públicos, passaram a gostar muito da gente, e até hoje sinto nas ruas, nos shows, enfim em todos os lugares por onde vou, que esse carinho permanece, e isso é tudo que um artista pode esperar: o carinho do seu público.
5 – Em algum momento da sua carreira, você sentiu preconceito por que gostar de Rock?

Hudson; - Já, várias vezes, mas isso foi há um tempo atrás, agora as pessoas estão com a mente mais aberta. É impressionante como as coisas estão mudando rápido no Brasil, antigamente as pessoas estavam mal informadas sobre muitas coisas, inclusive sobre música: estilos e etc, mas hoje está tudo bem, pois já foram superadas várias coisas que as pessoas tinham dificuldades pra entender, por falta de informação.

6 – Você acha que as pessoas não conseguiam entender o fato de que você é um ótimo guitarrista e também um ótimo violeiro?
Hudson : - Acho que talvez isso não, todo mundo sempre soube que eu tocava viola, apesar de que no começo, as pessoas pensavam “ será que isso vai dar certo, sertanejo com rock... tal”. Na verdade só fizemos algo que já estava dando certo nos Estados Unidos há muitos anos, que é o country-love, country–rock, e que grandes artistas de renome internacional já faziam há muito tempo. Nós apenas trouxemos para o Brasil e levamos adiante.

7 – Como você se sente em relação à boa aceitação que seus fãs tem demonstrado , com seu novo trabalho musical?

Hudson : Feliz... feliz e realizado, porque, você sair de um trabalho como era o Edson e Hudson, pra começar tudo de novo, é complicado, e as pessoas te aceitarem “ numa boa”, é maravilhoso.

8 – Além de cantor e guitarrista, soubemos que você também é produtor e compositor, pessoalmente você tem preferência por alguma dessas áreas?

Hudson: - Na verdade, gosto de compor quando estou inspirado., não gosto de sentar do nada e compor. Acho tudo muito legal, tudo que cerca a música é bacana de se fazer. Mas tudo tem seu momento certo, pra eu tocar guitarra, tive que estudar; pra sermos uma dupla legal, tivemos que ensaiar muito; e para compor; não é possível que seja algo imposto, é preciso existir inspiração.

9 – Vimos que você e sua esposa Larissa, compuseram algumas músicas, como isso começou?

Hudson : - Começou sem querer, eu estava compondo, ela sentou-se ao meu lado e deu algumas idéias de letra, achei legal.

Ela é uma pessoa muito inteligente, tem um jeito diferente de colocar as palavras, e é isso que eu sempre procuro: o diferencial.

Tem gente que pensa que eu dou minhas músicas pra ela, de presente, mas não é verdade, a gente compõe juntos mesmo, eu fico nos arranjos, melodia e ela “dando uma força“ na poesia das letras.
9 A - Larissa como foi o inicio da parceria musical entre você e Hudson?

Larissa: - Na verdade, uma noite cheguei a casa, da faculdade e o Hudson estava tocando com seu melhor amigo - Vinicius - então fiquei com eles, e juntos fizemos nossa primeira música. Daí em diante, de um modo muito natural, passamos a compor juntos com muita freqüência, e tem sido tão bom, que parece um hobby.

10 – Vai haver composição dos dois nesse novo trabalho?

Hudson: - Vai, inclusive já tem uma música disponível na internet; no meu site, que é “ Viver sem você não dá”, uma versão do Manah, “ Aleluia”, que vamos gravar juntos, e que é muito legal.

11- Quais são seus planos para o Futuro?
Hudson: - Montar um super-show, montar um super-palco, “cair na estrada”, fazer shows pelo Brasil inteiro, que é o que eu gosto de fazer.

Estou com saudades dos meus fãs, quero sair com uma super – estrutura, e mostrar o meu trabalho para as pessoas, de norte a sul, e ser feliz fazendo o que eu faço.
12 – o que vocês costumam fazer quando estão sós em casa?
Hudson: - Geralmente quando estou sozinho em casa, durmo bastante ( risos).

Como aqui é uma chácara, gosto de ficar andando entre as árvores, pescar, convidar os amigos pra um “ churrasquinho”, beber alguma coisa juntos.

Acho que amizade é uma coisa muito importante na vida de qualquer pessoa, principalmente na minha, porque no meio artístico é muito difícil encontrar pessoas que gostem de você de verdade.

13 - Você poderia falar sobre um grande sonho como homem, e como artista !

Hudson: - Um sonho que tenho, é chegar à velhice com a sensação de missão cumprida, como comecei a trabalhar muito cedo, com música, no circo, vendendo coisas, cuidando da minha família, então tenho vontade de uma velhice saudável, pra fazer aquelas coisas que realmente deixei de fazer quando era mais novo.

13 – Tem circulado na imprensa, que Roberto Carlos teria indicado Victor e Léo, e Edson e Hudson, para participação em seu especial de final de ano, é verdade, e com quais palavras você pode descrever esta surpresa?

Hudson: - Bom, em primeira instância, não acreditei, na verdade não acreditei mesmo, fiquei meio na dúvida, porque sou um grande fã do Rei Roberto Carlos, tenho até discos de vinil dele, acho que ele é o primeiro mega-star do Brasil, e é digno de todo o respeito, porque tem uma história maravilhosa, tanto na música, quanto na vida.

Ser lembrado pelo Rei Roberto Carlos já é uma honra enorme, no começo não acreditei mesmo... porque inventam tanta coisa a meu respeito, dizem que ajudei a organizar o SWU, que não é verdade, mas bem que gostaria, porque o evento é maravilhoso. Sobre ser lembrado pelo Rei, é algo impressionante e inestimável, estou honrado, essa é a palavra mais correta, muito honrado e embasbacado ( risos tímidos), afinal Roberto é o Rei.


contatos e informações :



fotos: Wanderlei Celestino

© Wanderlei Celestino - Direitos Reservados- é proibida a reprodução das fotos sem autorização



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

CÉLULAS TRONCO, ESPERANÇA CONTRA O ENFISEMA PULMONAR

Instituto Chico Anysio angaria verba para combater o enfisema pulmonar.

 
Com o objetivo de incentivar pesquisas inovadoras com células-tronco para o tratamento do enfisema pulmonar, o Instituto Chico Anysio, criado em homenagem ao humorista, falecido aos 80 anos, em março de 2012, angaria fundos para o Laboratório de Genética e Terapia Celular da Unesp de Assis, local onde desde 2005 são realizadas pesquisas de destaque nacional e internacional.

"São cerca de 5 milhões de pessoas com enfisema no Brasil. Os tratamentos disponíveis são apenas paliativos e não há nenhuma abordagem terapêutica clínica curativa, mas podemos achar meios para ajudar as pessoas", afirma o geneticista João Tadeu Ribeiro Paes, coordenador do Laboratório, professor da Unesp de Assis e colaborador do Instituto.

Paes relembra que os primeiros experimentos começaram em 2005 com a aplicação do tratamento em camundongos. Concluída esta etapa e com base nos resultados positivos, a Unesp recebeu autorização para começar os testes em humanos. Foi quando Chico Anysio entrou em contato com o geneticista entusiasmado com a nova terapia.

O humorista se colocava à disposição como voluntário, caso, eventualmente, houvesse algum novo estudo com emprego de células-tronco para tratamento de enfisema. Naquela mesma época, o médico buscava apoio para a continuidade das pesquisas e aplicação da terapia em pacientes humanos.

Chico se esforçou e conseguiu uma pequena colaboração à pesquisa, proveniente do Laboratório Ultra Farma. Posteriormente, em janeiro de 2011, quando Chico estava internado no CTI em coma induzido por sérios problemas respiratórios causados pelo enfisema, o médico entrou em contato com a mulher do humorista, Malga Di Paula, para comunicar que a primeira etapa do estudo em humanos já estava concluída.

Chico Anysio não viveu a tempo de participar da segunda e mais importante fase da pesquisa. Conforme explica o geneticista, por meio de um procedimento de três dias de duração, cerca de 40 pacientes voluntários receberão medicamentos para estimular a produção de células-tronco na medula óssea. Depois deste período, por intervenção cirúrgica com anestesia local, cerca de 150ml de células da medula serão colhidos através de uma punção na altura da bacia.

"Essas células serão processadas em laboratório e injetadas no braço de um voluntário. Por um mecanismo ainda não explicado pela medicina, essas células devem migrar para o tecido lesado. Imaginamos que o tecido doente libere alguma substância química que atraia essas células-tronco para o local", explica o médico.
A expectativa dos pesquisadores é que o tecido pulmonar se regenere e estabilize o avanço da doença. Outra hipótese é que a técnica melhore a função pulmonar - tal como aconteceu com os camundongos. "Não estamos propondo milagre nem a cura da doença e não queremos criar falsas expectativas, mas a nossa esperança é que as células-tronco impeçam a evolução da doença. Sei que ainda estamos em uma fronteira, mas pode ser que isso se torne uma terapia clínica definitiva" diz Ribeiro Paes.

A probabilidade de significativos avanços no tratamento do enfisema com a viabilização da segunda parte da pesquisa é alta. No entanto, para que o procedimento se concretize, o Instituto Chico Anysio necessita de cerca de 1 milhão de reais para garantir o acompanhamento dos pacientes que estão em fase de recrutamento e seleção.

Para ajudar, entre em contato com o instituto através do e-mail: contato@institutochicoanysio.org


 
DO FOTOJORNALONLINE:  ÚLTIMAS INFORMAÇÔES  
Dr. João Tadeu


O  Dr. João Tadeu Ribeiro-Paes, nos informou,  que 4 pacientes  humanos, com grau elevado da enfermidade, já foram submetidos ao tratamento,  e que apesar da sensível melhora clínica verificada, ainda não é possivel conclusões finais  quanto a eficácia do procedimento,  por exemplo : se  deverá ser contínuo ou não?,  mas o mais importante é  saber que se trata  de um procedimento seguro.

"Não estamos propondo milagre nem a cura da doença e não queremos criar falsas expectativas, mas a nossa esperança é que as células-tronco impeçam a evolução da doença. Sei que ainda estamos em uma fronteira, mas pode ser que isso se torne uma terapia clínica definitiva" diz Ribeiro Paes.

A expectativa dos pesquisadores é que o tecido pulmonar se regenere e estabilize o avanço da doença. Outra hipótese é que a técnica melhore a função pulmonar
 
À partir dos resultados positivos,  fora solicitado a  CONEP (  Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), em 28 de abril de 2011 – Registro BONEP 16 464, autorização para  retomada do protocolo com  a realização dos procedimentos  em 40 pacientes. 

No entanto , a CONEP após  intenso questionamento técnico e  ético,  e   tendo todas as questões devida e satisfatóriamente exclarecidas, deu parecer favorável ao re-início das pesquisas, porém com apenas 20 pacientes,  e com uma ressalva,  condicionando  a execução do projeto á garantia de disponibilidade de verba, o que naturalmente tem sido o entrave para  o início do projeto.

De concreto, até agora, passados mais de um ano, houveram duas emendas parlamentares solicitando verba para o projeto; uma do Deputado Federal ALBERTO FILHO (PMBD/BA), e outra do Deputado Federal SALVADOR ZIMBALDI (PDT/SP), cada qual solicitando R$ 200 mil Reais,  se liberado  este montante  apenas 20 pacientes poderão participar do projeto, e não 40 como foi solicitado pelo Professor, além disso ainda  existe toda a demora do Ministério da Ciência e Tecnologia, em APROVAR a Emenda.

Quando imaginamos que num país como o Brasil, onde está se gastando bilhões para a COPA de futebol de 2014, e as olimpíadas de 2016, fica uma pergunta; Por quê o Brasil insiste no atraso?,  será que o Governo vai esperar que outro país , mais desenvolvido e com interesses verdadeiros no bem estar de sua população tome as pesquisas, cheguem aos resultados e obtenham a patente?

Infelizmente, o que nos  dói de fato no Brasil, é saber que muitos dos  seus  cidadãos  produtivos,  estão morrendo devido a frieza e  desinteressse  de alguns governantes.

Queria que as pessoas do Governo," os humanos ali existentes",  soubesem que  Infelizmente, minha mãe está na fila para este tratamento, ela  faz parte dos 40, e não dos 20 da pesquisa , o que posso esperar?

Sabemos que este protocolo é a última esperança para muitas maezinhas e paezinhos deste nosso país, e que uma verba irrisória para um país tão rico, poderia salvar estas vidas e tantas outras.
Com a conclusão desta pesquisa, dado seu  ineditismo e o avanço já  alcançado,  seria possível imprimir definitivamente a marca do Brasil no patamar das grandes nações descobridoras de soluções benéficas para a humanidade, mas será que o Brasil quer isso?

Wanderlei Celestino