FOTOJORNAL Online : TOMIE OHTAKE RECEBE SALVADOR DALI EM SÃO PAULO

terça-feira, 28 de outubro de 2014

TOMIE OHTAKE RECEBE SALVADOR DALI EM SÃO PAULO

SALVADOR DALI, O EXPOENTE MÁXIMO DO SURREALISMO EM EXPOSIÇÃO EM SÃO PAULO.

Salvador Dali, que foi e é o grande gênio do surrealismo (movimento artístico de vanguarda surgido na França em 1920)) que apaixonou e apaixona gerações com suas obras enigmáticas e atuais, que percorrem o universo dos sonhos e pesadelos humanos, recebe uma grande exposição em São Paulo.

Salvador Dali, como nenhum outro artista revolucionou o mundo das artes com o conceito da “ escrita automática: a arte de libertar-se da lógica e da razão liberando o mundo do inconsciente e dos sonhos”, e assim tornou-se o expoente máximo e mais aclamado do surrealismo.

Para quem já conhece esta é uma rara oportunidade de rever suas obras, para quem não conhece esta é uma oportunidade ainda mais rara para se conhecer de perto toda a genialidade deste Catalão que apontou para as artes em Paris.

O Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, após anos de negociações realiza a maior retrospectiva do artista, incluindo nesta, uma das obras consideradas marco do surrealismo : o valioso e pequeno óleo sobre madeira "O espectro do sex-appeal" (1934). Do tamanho de meia folha de papel. Atribui-se à pequena pintura a forma como Dalí plasmou, de modo concreto, o temor pela sexualidade. Inclui-se ainda: "Desnudo" (1924), que pertenceu a Federico García Lorca, "Homem com a cabeça cheia de nuvens" (1936), de profunda carga simbólica, com referência explícita a René Magritte e "O piano surrealista" (1937), fruto de sua colaboração com os Irmãos Marx, estão também entre os trabalhos incluídos.

Salvador Dalí em São Paulo, nesta mostra estarão cinco obras provenientes da Fundação Gala-Salvador Dalí, e outras duas do Museu Reina Sofia, instituições detentoras de 90% dos trabalhos expostos.

Nesta exposição inédita, o público irá mergulhar por um universo onírico, simbólico e fantasioso. O conjunto de peças é formado por 24 pinturas, 135 trabalhos entre desenhos e gravuras, 40 documentos, 15 fotografias e quatro filmes. O espectador terá contato com a produção de Dalí desde os anos 1920 até seus últimos trabalhos, proporcionando ao visitante uma clara percepção de sua evolução, não só técnica, mas de suas influências, recursos temáticos, referências ideológicas e simbolismos.

“Queremos mostrar o Dalí surrealista, mas também aquele que se antecipa ao seu tempo, que é audacioso, que defende a liberdade de imaginação do artista em sua própria criação. Ao mesmo tempo, a mostra passeia pela trajetória artística e pessoal de Salvador Dalí”, explica Montse Aguer, curadora da exposição.