“GÊNESIS” – MAIS UMA OBRA PRIMA DO ICÔNICO FOTÓGRAFO BRASILEIRO SEBASTIÃO SALGADO,ESTÁ EM EXPOSIÇÃO NO MUSEU OSCAR NIEMEYER EM CURITIBA.
A exposição “Gênesis” de Sebastião Salgado,
considerado um dos maiores fotógrafos do
mundo, do século XX e XXI, já passou pela Suíça, França, Itália, e agora chega
ao Museu Oscar Niemeyer em Curitiba-Paraná.
Para coroar a abertura da exposição, o fotógrafo mais aclamado da atualidade compareceu à capital paranaense, no dia 6 último, para
fazer uma palestra para 1300 pessoas no Centro de Convenções de Curitiba, ,
mas duas horas antes da abertura, a
multidão formava uma imensa fila pelas
ruas, e o número de pessoas excedeu as
vagas.
Sebastião Salgado nasceu
em Aimorés, Mina Geral, tem formação em
Economia, morou na França em 69, devido às perseguições políticas no Brasil, em 1973, em uma viagem de trabalho à África, com
uma pequena câmera descobriu sua verdadeira vocação: a Fotografia como uma forma de enfrentar e denunciar os problemas globais inclusive os econômicos.
“Gênesis”, é resultado de um longo projeto de 8 anos,(
2004/2012), visitando 32 regiões extremas,
remotas e intocadas como Patagônia, Alasca,
Etiópia, Amazônia, registrando
com seu olhar único e suas lentes,
imagens impactantes, desconcertantes até, de majestade e fragilidades extremas da natureza, e do
homem em relação a esta, que nos fazem paralisar comovidos com suas mensagens claras e alertas.
“ “Quero que as pessoas
enxerguem nosso planeta de outra
forma, sintam-se comovidas e
aproximem-se dele”, explica Salgado.
Nestes oito anos,
viajando a pé, de ônibus, pequenos barcos aviões e até balões, ele
registrou desertos gigantes, terras geladas, vulcões, selvas, e na busca por comunidades primitivas,
descobriu povos com costumes ancestrais que ainda vivem isoladas, na Nova
Guiné e na Amazônia.
Neste projeto, Sebastião fez
questão de pisar em locais onde Charles Darwim pisou, e disse “ ter entendido a teoria da evolução, exemplificando coma a história de que ficou muito próximo de uma iguana , achando o
animal parecido com os dinossauros, mas
ao ver as patas do réptil, percebeu as
semelhanças com sua própria mão”, completando
“” Eu poderia ter evoluído de uma iguana”.
Ainda sobre suas impressões
sobre o trabalho, emocionado o artista
relata ” Senti emoção de fazer parte desse planeta, esquecemos que somos natureza, eu ficava dias
sozinho, apenas esperando pela mudança de luz, pela luz certa, e isso de sentir a natureza em sua magnificência é
algo sublime e muito forte”.
Nem tudo são flores, como ambientalista, que é , Salgado usa a força
da beleza plástica deste trabalho para
refletir e alertar sobre a fragilidade
do planeta, e a necessidade de que todos no mundo, pensem na preservação ambiental como
único meio de manter a vida, em suas menores e mais frágeis manifestações.
Salgado quer que as pessoas visitem esta exposição,
para terem este contato com o
planeta, neste momento
ambiental crítico, em que a natureza já
tem dado terríveis recados ao homem. “Estamos em um momento dramático, pensem na falta de água no Brasil, em São Paulo, no Nordeste, e continuamos destruindo as áreas
ciliares, desmatando, nós dependemos da preservação para mantermos o planeta e a
toda a vida existente nele”.
Exposição “Gênesis” no Museu
Oscar Niemeyer – Serviço
Quando: de 06 de novembro
(quinta-feira) a 15 de março de 2015.
Onde: Museu Oscar Niemeyer
(Rua Marechal Hermes, 999, Centro Cívico)
Horário: das 10hs às 18hs
Quanto: R$6,00 inteira e R$3,00 meia-entrada
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